Alternativas Tecnológicas e Locacionais
Alternativas Tecnológicas e Locacionais
Como Se Deu a Escolha da Localidade Para Instalar a Rodovia?
Para definir o melhor traçado da BR 242MT foi realizado um estudo considerando o potencial de impacto e comparando diversas opções de localização do empreendimento. Foram analisados três critérios sob a diretriz dos aspectos sobre os quais a alternativa analisada interferiria.
Essa análise foi feita verificando interferências em relação aos aspectos ambientais (meio ambiente), socioeconômicos (sociedade e economia) e fundiários (terreno) do projeto. Após a análise dos elementos, a alternativa escolhida foi a 2, por apresentar menos restrições que as demais. As principais características da alternativa escolhida em relação às demais relacionam- se a menor interferência em áreas de vegetação, cursos hídricos áreas importantes para aves migratórias, aeródromos ou outros empreendimentos já existentes na região. As principais restrições se encontram abaixo:
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Extensão Empreendimento
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Declividade do Terreno
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Vias Vicinais existentes
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Outros empreendimentos próximos
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Vegetação Nativa Suprimida
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Unidades de Conservação
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Área de Preservação Permanente
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Áreas Importantes à Conservação das Aves no Brasil
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Relatório Anual de Rotas e Áreas de Concentração de Aves Migratórias no Brasil
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Transposição de recursos hídricos
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Áreas úmidas
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Potencial de Ocorrência de Cavidades
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Topografia
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Cavidades Naturais
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Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade
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Processos Minerários
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Benfeitorias
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Sítios Arqueológicos
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Terras Indígenas
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Áreas urbanas e aglomerados rurais
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Projetos de Assentamentos
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Quilombolas
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Aeródromos
Como Se Deu a Escolha Das Tecnologias Alternativas De Implantação?
Para se ter um empreendimento rodoviário de qualidade e com impactos ambientais reduzidos, tanto no transporte de mercadorias, como para locomoção de pessoas, foi realizado um estudo de tecnologias alternativas para a implantação da BR 242/MT contendo soluções econômicas, duradoras e sustentáveis. Incluindo alternativas tecnológicas de pavimentação, de passagem de fauna, pontes, métodos construtivos de aterros e drenagem.
Pavimentação
As técnicas de pavimentação são divididas em pavimentos flexíveis e rígidos. O pavimento flexível é constituído por múltiplas camadas finas que distribuem as cargas superficiais entre si. A camada mais externa é aquela de melhor qualidade, geralmente feita com concreto betuminoso usinado a quente. Já a pavimentação rígida é feita de concreto derramado em placas rígidas e homogêneas que absorvem as tensões das cargas, transferindo-as ao solo da camada de subleito.
Dada a importância da passagem da fauna à conservação da biodiversidade são propostas alternativas de tecnologias que reduzem a fragmentação da paisagem como corredores ecológicos, stepping stones, passagens inferiores como túneis, e passagens superiores como viadutos vegetados e pontes de cordas. Considerando o risco de atropelamento de fauna associado às rodovias, vislumbrou-se apresentar barreiras que redirecionam o movimento da fauna a passagens mais favoráveis, como cercas e a elevação do leito estradal.
Passagem de Fauna
Pontes
As alternativas de pontes indicadas incluem pontes em viga, que, como seu nome indica, transmitem a carga através da compressão sob vigas, pontes em treliça, constituídas por barras de aço entrelaçados, e pontes em laje, constituídos por seção transversal desprovida de qualquer vigamento.
Aterro
Instabilidade de encostas e aterros apresentam problemas aos sistemas rodoviários. Forçar demasiadamente solos de características geotécnicas fracas, como solos de qualidades hidromórficas, áreas de várzeas, elevações nos níveis de água subterrânea entre outros, pode resultar em falhas rotacionais ou de deslocamento.
Foram considerados três alternativas de métodos construtivos de estabilização de aterros. As bermas de equilíbrio suavizam a inclinação de taludes de aterros e aumentam o fator de segurança contra sua ruptura. O preenchimento de aterro com materiais de enchimento leve como serragem, cinzas e borracha de pneu aumenta a estabilidade do declive. Por fim, as paredes de terra mecanicamente estabilizadas fixam o aterro à parede e camadas de elementos de reforço para prevenir a erosão do aterro estrutural interno.
Analisou-se ainda alternativas de drenagem que, dentro das dinâmicas hidrogeológicas das planícies de inundação, direciona e canaliza a água que chega até o corpo estradal para um ambiente seguro. A drenagem superficial capta água de áreas adjacentes a estrada para resguardar sua segurança e estabilidade através de valetas, sarjetas, descidas saídas e bueiros de água. A drenagem subsuperficial prevê drenos cegos ou com tubos nas camadas de solos próximos a aterros eu liberam parte da água retida para preservar a estrada. Por fim, sarjetas com revestimento vegetal atenuam o impacto da chuva sob o solo e diminui a velocidade de percolação e erosão.