Meio Biótico - Fauna
Conhecendo a Fauna da BR 242/MT
O EIA levantou os animais que ocorrem na região da BR 242/MT. A fauna da região é diversa e possui espécies características da região de transição entre os biomas da Amazônia e do Cerrado. O estudo registrou animais de cinco grandes grupos: Avifauna (Aves), Herpetofauna (Anfíbios e Répteis), Ictiofauna (Peixes), Mastofauna (Mamíferos) e Fauna Bentônica (organismos que vivem nas águas dos rios). O estudo da fauna foi realizado em duas campanhas de campo em que foram identificadas diferentes espécies presentes na área, conforme detalhado a seguir:
Anfíbios e Répteis
O grupo Herpetofauna é constituído por anfíbios e répteis. Para a região da BR 242/MT foi compilada uma lista de 15 anfíbios (um sapo, 6 de rãs e 8 de pererecas) e 13 répteis (um tracajá, um jacaré, 5 de lagartos, uma cobra-de-duas-cabeças 5 de serpente).
Dessas espécies, apenas o Tracajá (Podocnemis unifilis) é ameaçado de extinção através da categoria de pouco preocupantes (LC).
Entre as espécies da herpetofauna registradas durante o levantamento que mais sofrem com os atropelamentos se destacam Amphisbaena alba, Drymarchon corais, Spilotes pullatus, Oxyrhopus guibei, Iguana iguana, Ameiva ameiva e Bothrops moojeni.
Aves
No grupo das aves foram registradas 221 espécies, sendo que 39 espécies ocorrem somente na Floresta Amazônica e 14 delas se enquadram em alguma categoria de ameaça, segundo as listas oficiais Global (IUCN, 2021), Nacional (MMA, 2014), são elas: Jacamim-de-costas-marrons - Psophia dextralis, Araçari-de-pescoço-vermelho - Pteroglossus bitorquatus e Marianinha-de-cabeça-amarela - Pionites leucogaster, Azulona - Tinamus tao, Tucano-de-papo-branco - Ramphastos tucanus, Tucano-de-bico-preto - Ramphastos vitellinus, Tiriba-do-madeira - Pyrrhura snethlageae e Cantador-ocráceo - Hypocnemis ochrogyna, Ema - Rhea americana, Inhambu galinha - Tinamus guttatus, Pato Corredor - Neochen jubata, Uru-corcovado - Odontophorus gujanensis e Maracanã-verdadeira - Primolius maracana. A guaracava-de-crista branca (Elaenia chilensis), foi a única espécie registrada que é considerada migratória, visitante sazonal oriunda do Sul do continente. As mais avistadas na região incluem ema (Rhea americana), Anu preto (Crotophaga ani), rolinha-roxa (Columbina talpacoti), tucanuçu (Ramphastos toco) e, urubu-de-cabea-vermelha (Cathartes aura).
Herpetofauna
O EIA levantou os animais que ocorrem na região da BR 242/MT. A fauna da região é diversa e possui espécies características da região de transição entre os biomas da Amazônia e do Cerrado. O estudo registrou animais de cinco grandes grupos: Avifauna (Aves), Herpetofauna (Anfíbios e Répteis), Ictiofauna (Peixes), Mastofauna (Mamíferos) e Fauna Bentônica (organismos que vivem nas águas dos rios). O estudo da fauna foi realizado em duas campanhas de campo em que foram identificadas diferentes espécies presentes na área, conforme detalhado a seguir:
Mamíferos
Os mamíferos tiveram 37 espécies registradas no estudo, sendo 26 espécies de grande e médio porte (onça, veado, macacos, saguis, mão-pelada, tamanduá e tatu), 11 espécies de pequeno porte (mucura, esquilo, ratos e gambás).
Dentre os mamíferos de médio e grande porte, a espécie que teve maior número de indivíduos registrados foi o macaco-prego (Sapajus apella), Gambá-de-orelha-preta (Didelphis marsupialis), mucura (Metachirus nudicaudatus) e cateto (Dicotyles tajacu).
Das espécies locais, com maior risco de atropelamento temos: gambá (Didelphis albiventris), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), Tatu-peba (Euphractus sexcinctus), Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), Mão-pelada (Procyon cancrivorus), Quati (Nasua nasua), Anta (Tapirus terrestris) e Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris).
Segundo as listas consultadas de cunho nacional e internacional (MMA, 2014 e IUCN,2021), 08 espécies locais são consideradas ameaçadas de extinção, sendo elas: macaco-aranha (Ateles marginatus), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), tatu-canastra (Priodontes maximus), anta (Tapirus terrestris), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), onça-pintada (Panthera onca), Lontra (Lontra longicaudis) e onça-parda (Puma concolor).
Algumas dessas espécies são alvos de caça. No entanto, a principal ameaça aos mamíferos é a perda de hábitat que se caracteriza pela devastação e fragmentação da vegetação nativa.
A perda de habitat está relacionada ao desenvolvimento econômico pelo crescimento de áreas cultivadas e urbanas, aumento da densidade populacional humana, poluições atmosférica e aquática e aumento da malha rodoviária.
Herpetofauna
O EIA levantou os animais que ocorrem na região da BR 242/MT. A fauna da região é diversa e possui espécies características da região de transição entre os biomas da Amazônia e do Cerrado. O estudo registrou animais de cinco grandes grupos: Avifauna (Aves), Herpetofauna (Anfíbios e Répteis), Ictiofauna (Peixes), Mastofauna (Mamíferos) e Fauna Bentônica (organismos que vivem nas águas dos rios). O estudo da fauna foi realizado em duas campanhas de campo em que foram identificadas diferentes espécies presentes na área, conforme detalhado a seguir:
Peixes
O grupo Ictiofauna, que corresponde aos peixes, teve o registro de 100 através de dados primários dos corpos hídricos da região. os maiores números de indivíduos capturados foram de espécies de lambari (Moenkhausia intermedia e Bryconamericus sp.3). Nenhuma espécie dos dados primários e seis espécies dos dados secundários estão descritas em alguma categoria de ameaça, a saber: Leporinus guttatus - Vulnerável, Brycon orbygnianus – Em perigo, Myleus tiete – Em perigo, Melanorivulus scalaris – Em perigo, Ossubtus xinguense - Vulnerável, Hypancistrus zebra -Vulnerável.
Boa parte das espécies de peixes da área são consideradas endêmicas do Rio Xingu e apenas 01 da bacia do Araguaia (Cichlasoma araguaiense Além disso, a região apresenta várias espécies de importância econômica para a região sobretudo em relação a pesca, tais como: a traíra (Hoplias malabaricus), a piaba (Bryconops caudomaculatus), a pescada (Plagioscion squamossismusos), bicuda (Boulengerella cuvieri), os pacus (Myleus spp. e Myloplus spp.), a pirarara (Phractocephalus hemioliopterus), o sorubim (Pseudoplatystoma sp.) e o jaú (Zungaro zungaro).
Herpetofauna
O EIA levantou os animais que ocorrem na região da BR 242/MT. A fauna da região é diversa e possui espécies características da região de transição entre os biomas da Amazônia e do Cerrado. O estudo registrou animais de cinco grandes grupos: Avifauna (Aves), Herpetofauna (Anfíbios e Répteis), Ictiofauna (Peixes), Mastofauna (Mamíferos) e Fauna Bentônica (organismos que vivem nas águas dos rios). O estudo da fauna foi realizado em duas campanhas de campo em que foram identificadas diferentes espécies presentes na área, conforme detalhado a seguir:
Zoobentos
A fauna bentônica, que corresponde aos macroinvertebrados como insetos, moluscos, anelídeos, vivem nos rios e igarapés da área estudada.
Esses animais dependem dos recursos aquáticos para a sua sobrevivência e podem viver tanto no substrato (folhas e terras no fundo dos rios e riachos ou associados a pedras e corredeiras) ou na coluna de água dos corpos hídricos. Esse grupo de animais é importante, pois conseguem mostrar a qualidade ou não dos rios da região.
Ao longo do estudo, foram registradas 38 espécies zoobentônicas, foi possível registrar a ordem Trichopera e espécimes de Ephemeroptera que é relacionada a águas de boa qualidade. Destes, destaca-se o Corbicula fluminea, molusco amêijoa asiático que, exótico ao Brasil, traz impactos incluindo a extinção de espécies nativas, alterações de ecossistemas e danos a tubulações e turbinas hidrelétricas.
Herpetofauna
O EIA levantou os animais que ocorrem na região da BR 242/MT. A fauna da região é diversa e possui espécies características da região de transição entre os biomas da Amazônia e do Cerrado. O estudo registrou animais de cinco grandes grupos: Avifauna (Aves), Herpetofauna (Anfíbios e Répteis), Ictiofauna (Peixes), Mastofauna (Mamíferos) e Fauna Bentônica (organismos que vivem nas águas dos rios). O estudo da fauna foi realizado em duas campanhas de campo em que foram identificadas diferentes espécies presentes na área, conforme detalhado a seguir:
Como a Implantação da BR 242 Poderá Interferir na Vida dos Animais da Região?
A remoção da vegetação, mesmo que em grande parte já alterada e/ou antropizada, necessária à construção dos canteiros, áreas de apoio, acessos e da área da BR-242/MT acarreta na perda e alteração dos ambientes ocupados pelos animais terrestres e aquáticos. Além disso, durante as atividades de corte da vegetação estes podem se acidentar em função da ação dos equipamentos e quedas de árvores. Durante a fase de obras, a emissão de ruídos e a movimentação de veículos e maquinários, perturbam os animais e os afugentam da área. Assim, para minimizar os impactos sobre a fauna terrestre e aquática sugere-se a execução de programas de afugentamento das áreas de risco e se necessário resgate e realocação desses animais para áreas fora dos locais das obras.
Outra interferência que esses animais podem ter, na área da BR-242/MT por consequência do aumento na circulação de veículos e máquinas, é o risco de atropelamento. Isso ocorre devido ao aumento de movimentação de pessoas e máquinas, que alteram o comportamento dos animais, alterando os padrões de deslocamento e por consequência, aumentam o risco de seu atropelamento. Além do atropelamento, a construção do eixo rodoviário ocasionará na criação de um obstáculo físico que irá reduzir a movimentação dos animais entre as matas, que poderá elevar a taxa de endocruzamentos, ou seja, cruzamento de indivíduos “parentes”. Neste caso, para minimizar esses impactos, torna-se necessário a instalação de placas de sinalização, controle de velocidade, além da construção de passagens de fauna ao longo da rodovia, de forma que poderão minimizar os atropelamentos da fauna terrestre durante a obra e diminuir os efeitos de barreira para os animais.
Considerando os impactos que podem ocorrer, será fundamental e a execução de programas de resgate e afugentamento da fauna, monitoramento das passagens de fauna e monitoramento da fauna. O conhecimento gerado sobre as comunidades de animais da região, ao longo de toda implantação e operação do terminal, fornecerá informações necessárias para proposições de medidas de conservação.